REVIEW | Escritos, de Vasco Jardim


Título: Escritos
Autor: Vasco Jardim
Editora: -
Data: 2016
Páginas: 123
ISBN9789896914912
Classificação Pessoal: 
Goodreadsaqui
Temáticas: Amor, solidão, a vida, procura de nós próprios, vida a dois, morte

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“Deixa-te estar, deitada em mim, ofegante e plena. Deixa o teu corpo respirar-se de volta, de

regresso ao mundo dos vivos. Aqui não é o paraíso de onde vieste, mas é o melhor que
podemos arranjar. Somos só nós, e nós é suficiente.”
Escritos é um testemunho. Meu, teu, de todos.
É a vida vista pelos olhos e pela alma de cada um de nós. As dores, a solidão, os momentos
de prazer, os amores ocasionais e os que não se esbatem pelo passear dos dias ou anos.
Uma colecção de textos revisitados, revistos e sentidos, onde predomina o questionar de
todas as emoções, das mais obscuras às mais luminosas dos nossos dias. Uma viagem
pelos mais puros recantos de quem somos e de quem gostaríamos de ser.
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Fiquei muito contente quando fui contactada por um representante/amigo do autor, convidando-me a ler este livro. A sinopse intrigou-me bastante e decidi investir na leitura.

Este livro é uma colectânea de textos originais que resultou, em grande parte, de vários textos que o autor escreveu no seu blogue "Admirável Mundo Escrito".


Através de uma escrita poética, brincando com as palavras (por vezes reinventando-as) e com as frases, o autor traz-nos diversos relatos, diversas histórias, sobre o seu quotidiano. O livro está escrito em formato de capítulos curtíssimos e cada um retrata um tema, uma pessoa, um momento. É um livro que se lê muito rápido, não só pela fluidez da escrita, como pelo formato adoptado, como também pelos temas retratados que acabam por ser comuns a muitos de nós.



Apesar disso, escolhi fazer uma leitura mais lenta, encontrando o meu próprio ritmo, de forma a poder absorver todos os sentimentos que esta leitura me poderia oferecer.


Tenho que confessar que não me identifiquei tanto com a leitura dos capítulos de vida a dois, talvez porque não seja bem a minha praia, talvez porque não em sinta muito à vontade com episódios tão intimistas. No entanto, posso destacar, a título de exemplo, outras passagens que se tornaram preferidas, como: 
   - "Cubo", em que o protagonista se encontra preso num cubo, falando-nos de solidão e sobre "o nosso mundo", 
    - "Pesadelos Alheios", que, para mim, fala da falta de paz que tantas vezes nos assola, o peso da dor e do sofrimento de perda,
     - "Ela é uma Pessoa", que nos traz a Solidão personificada, numa pessoa.
    - "Necessidades", que retrata um daqueles dias em que simplesmente nos apetece ficar sozinhos, em que precisamos de nos esquecer por completo.





Confesso que este género de livros não é bem bem a minha praia, mas gostei de ler e proporcionou-me alguns bons momentos. As minhas três estrelas reflectem a minha vontade em ler mais coisas do autor, mas mais próximas das temáticas abordadas nos textos que seleccionei como preferidos, nesta obra, uma vez que não me identifiquei tanto com as passagens relacionadas com a vida a dois.



Para quem gosta de textos mais intimistas, mais poéticos, penso que tem aqui uma boa aposta.


E vocês, já leram? Gostam deste género de livros?

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